
Maduro envia carta a Trump com provas de que Venezuela está livre do narcotráfico

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, enviou uma carta ao seu homólogo norte-americano, Donald Trump, ''apresentando a verdade irrefutável da Venezuela e mostrando — com mapas e dados científicos validados por organismos internacionais — que nossa pátria é um território livre de qualquer atividade ilícita''. O documento foi reproduzido neste domingo (21) pela vice-presidente do país latino-americano, Delcy Rodríguez.
Na publicação, Rodríguez prometeu que seu país, ''em perfeita união popular, militar e policial, continuará defendendo seu direito à soberania, à paz e ao sagrado legado do nosso Libertador Simón Bolívar''.
O que diz a carta?
No documento, Maduro condenou as ''acusações absolutamente falsas'' sobre supostos vínculos entre autoridades venezuelanas e máfias ou organizações de narcotráfico:
''É o pior das 'fake news' lançados contra nosso país para justificar uma escalada rumo a um conflito armado que causaria um dano catastrófico a todo o continente'', escreveu Maduro.

O presidente afirmou ter anexado, em sua mensagem, ''dados contundentes sobre a produção de drogas e o narcotráfico na América do Sul, que demonstram de forma inequívoca, com base em fatos reais, que a Venezuela é um território livre de produção de drogas e um país não relevante no âmbito dos narcóticos, graças ao enorme esforço realizado ao longo dos anos por nossas forças policiais e militares''.
Concluindo a carta, Maduro expressou a esperança de que, junto a Trump, possam derrotar as notícias falsas que preenchem de ruído uma relação que precisa ser histórica e pacífica, acrescentando que Caracas está aberta a um diálogo direto e franco com Richard Grenell, enviado do governo de Donald Trump para missões especiais.
- O aumento da presença militar dos Estados Unidos no Caribe sul provocou uma nova escalada de tensões entre Washington e Caracas. Segundo denúncia de Maduro, oito destróieres, 1.200 mísseis e um submarino nuclear estariam apontados diretamente para a Venezuela. No sábado, 13 de setembro, cinco caças F-35 chegaram a Porto Rico, se somando ao que a Casa Branca chama de operação contra cartéis.
- No dia 12 de setembro, forças militares americanas entraram na Zona Econômica Exclusiva da Venezuela e abordaram uma embarcação de pesca. A tripulação ficou detida por várias horas, e Caracas classificou a ação como uma manobra "ilegal".
- Enquanto isso, os fuzileiros navais em Porto Rico realizaram, em 18 de setembro, um exercício simulando um desembarque anfíbio.
- Além disso, Washington reabriu a Estação Naval Roosevelt Roads, uma base de cerca de 15,8 km localizada em território porto-riquenho, que estava fechada desde 2004.
