
Reino Unido, Canadá e Austrália reconhecem oficialmente Palestina como Estado

O Reino Unido, Canadá e Austrália reconheceram oficialmente o Estado da Palestina. O primeiro-ministro britânico , Keir Starmer, fez o anúncio histórico neste domingo, concretizando a posição que seu governo havia antecipado semanas atrás.
"Hoje, para reavivar a esperança de paz para palestinos e israelenses, e uma solução de dois Estados, o Reino Unido reconhece formalmente o Estado da Palestina", escreveu no X, anexando sua mensagem em vídeo.

"Há mais de 75 anos, reconhecemos o Estado de Israel como pátria do povo judeu. Hoje, nos juntamos a mais de 150 países que também reconhecem o Estado palestino. É uma promessa ao povo palestino e ao povo israelense de que pode haver um futuro melhor", afirmou Starmer em seu discurso.
Enquanto isso, o primeiro-ministro canadense, Mark Caney declarou que "o Canadá reconhece o Estado da Palestina e oferece nossa parceria para construir a promessa de um futuro pacífico tanto para o Estado da Palestina quanto para o Estado de Israel", declarou.
Por sua vez, em um comunicado conjunto do primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, e da ministra das Relações Exteriores, Penny Wong, foi indicado que a medida reflete seu "compromisso de longa data com uma solução de dois Estados", qualificada como "o único caminho para a paz e a segurança duradouras para os povos israelense e palestino".
Palestina agradece reconhecimento
O ministério das Relações Exteriores palestino agradeceu aos três países pelo reconhecimento do Estado da Palestina e ressaltou que o gesto protege os "direitos legítimos do povo palestino diante das contínuas violações da ocupação e fortalece os esforços internacionais para um cessar-fogo imediato e resolução política do conflito".
Além disso, a pasta apelou aos países que ainda não reconheceram a Palestina, especialmente os Estados Unidos, para que respeitem o direito internacional e apoiem a autodeterminação do povo palestino.
Fim de alianças históricas
Anteriormente, os líderes dessas três nações haviam informado sua disposição de reconhecer a Palestina, assim como fez o presidente francês, Emmanuel Macron, apesar de ter uma aliança histórica com o país judeu.
Os constantes bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza, que já custaram a vida de milhares de civis — muitos deles mulheres e crianças —, bem como a recusa de Tel Aviv em permitir a ajuda humanitária essencial, incluindo o acesso à água potável, alimentos e serviços de saúde, resultaram em uma enxurrada de críticas, repúdios e denúncias por parte de entidades internacionais como a ONU.

