O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou a repórteres nesta sexta-feira (19) que está em negociações com o governo do Afeganistão, liderado pelo Talibã, para retomar o controle sobre a base aérea de Bagram, localizada a aproximadamente 60 km da capital Cabul.
O mandatário defendeu a retirada das tropas norte-americanas do país asiático em 2021. Entretanto, ressaltou que Washington deveria ter mantido a base de Bagram. "Nunca deveríamos ter desistido dela. Foi o dia mais vergonhoso da história do nosso país. Não havia motivo para isso", lamentou Trump.
"É uma das mais poderosas pistas já construídas em termos de dimensão, peso e carga (...) e nós só entregamos ela", enfatizou. Após a saída dos EUA, o atual governo afegão assumiu o controle da base.
Nesse sentido, Trump atacou a gestão de seu antecessor Joe Biden, afirmando que "não havia motivo" para deixar Bagram. "Abandonamos tudo por nada”, continuou, sublinhando que o ex-presidente democrata "não sabia o que estava fazendo".
Oficial afegão rechaça presença militar
Um oficial do Ministério das Relações Exteriores do Afeganistão reagiu às recentes declarações de Trump sobre o assunto, rechaçando uma possível retomada da presença militar dos EUA no país.
Zakir Jalal apontou, em publicação na rede social X na última quinta-feira (18), que os dois países "precisam interagir um com o outro", porém que tal aproximação teria como condição que os Estados Unidos não "mantenham qualquer presença militar em qualquer parte do Afeganistão".