O governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof, analisou a relação histórica e conflituosa da Argentina com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Em entrevista exclusiva à RT, ele destacou que, há décadas, a Argentina enfrenta problemas estruturais com o setor externo e o endividamento, e que essa situação se agravou com os governos recentes, especialmente com Mauricio Macri e agora com Javier Milei, que transformaram o país no principal devedor mundial do FMI.
Kicillof criticou que o FMI, em vez de ajudar a evitar crises, condiciona os empréstimos a políticas que vão contra a base industrial argentina, que requer proteção e fomento da produção e do trabalho nacional. Além disso, lembrou que o próprio FMI reconheceu em relatórios internos que os empréstimos concedidos ao governo de Macri foram malsucedidos e mal utilizados, mas mesmo assim continuou financiando nas mesmas condições.
O governador alertou que essa relação com o FMI é conflituosa e que, com o tempo, se agravará, uma vez que o organismo impede a implementação de políticas industriais necessárias para a reindustrialização e o desenvolvimento econômico do país, ao mesmo tempo em que exige medidas contrárias a esses objetivos.
O que é o FMI e por que ele está levando países inteiros à falência? Leia no nosso artigo.