O ex-candidato à presidência da Romênia, Calin Georgescu, está sendo acusado de "tentativa de incitação um golpe" após a anulação de sua vitória nas eleições de 2024.
Vitória cancelada
Georgescu, um ex-funcionário da ONU, foi o candidato mais votado no primeiro turno da eleição presidencial em novembro do ano passado, fazendo uma campanha com foco na soberania nacional e criticando a participação do país na OTAN e na UE, além de se opor à ajuda militar contínua à Ucrânia.
Sua vitória, no entanto, foi cancelada pelo Tribunal Constitucional, que alegou "irregularidades" na campanha e suposta interferência russa — alegação negada por Moscou.
Acusações
A promotoria romena anunciou que Georgescu e 21 outras pessoas foram indiciadas por tentativa de instigar violência após o cancelamento dos resultados eleitorais.
A investigação alegou que ele se encontrou secretamente com Horatiu Potra, militar que atuou na República Democrática do Congo, para discutir um plano de agitação em Bucareste.
Potra foi detido pouco depois por policiais de trânsito enquanto se dirigia à capital com um suposto "grupo paramilitar de 20 pessoas armadas com armas e explosivos”.
Georgescu, que deixou a política há alguns meses, nega qualquer irregularidade. A data do julgamento ainda não foi definida.