Notícias

UE investiga recurso "tóxico e viciante" do TikTok

Trata-se do 'Programa de Tarefas e Recompensas' do TikTok Lite, que permite que os usuários ganhem pontos ao realizar determinadas 'tarefas' na plataforma.
UE investiga recurso "tóxico e viciante" do TikTokGettyimages.ru / Nikolas Kokovlis/NurPhoto

A Comissão Europeia, o braço executivo da União Europeia (UE), anunciou na segunda-feira que iniciou um segundo processo formal contra a rede social TikTok sob a Lei de Serviços Digitais (LSD) sobre seu recurso TikTok Lite por considerá-lo "tóxico e viciante".

"A Comissão está preocupada com o fato de que o 'Programa de Tarefas e Recompensas' do TikTok Lite, que permite que os usuários ganhem pontos ao realizar certas 'tarefas' no TikTok —como assistir a vídeos, curtir conteúdo, seguir criadores, convidar amigos para participar do TikTok, etc.— foi lançado sem uma avaliação prévia diligente dos riscos envolvidos, em particular aqueles relacionados ao efeito viciante das plataformas, e sem tomar medidas eficazes de mitigação de riscos", diz a declaração.

O comunicado classifica de preocupante o caso das crianças, "dada a susposta ausência de mecanismos eficazes de verificação de idade" na plataforma, que, segundo a Comissão, já está sendo investigada no primeiro processo formal contra o TikTok.

A esse respeito, indica que a investigação visa avaliar se a rede social baseada na China pode ter violado a LSD ao lançar esse recurso na França e na Espanha, detalhando que a Comissão Europeia pretende suspender o programa de recompensas na UE enquanto sua segurança é avaliada.

"Suspeitamos que o TikTok Lite possa ser tão tóxico e viciante quanto os cigarros 'light'", disse o Comissário do Mercado Interno da UE, Thierry Breton. "A menos que o TikTok forneça provas convincentes de sua segurança, o que até agora não fez, estamos prontos para ativar medidas de precaução sobre a LSD, incluindo a suspensão do recurso TikTok Lite, que suspeitamos que possa causar dependência. Não pouparemos esforços para proteger nossas crianças", acrescentou.