O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, respondeu com firmeza às declarações do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que afirmou que Jerusalém "sempre fará parte de Israel" e rejeitou a criação de um Estado palestino.
"Não permitiremos que a sagrada Jerusalém seja profanada por mãos indignas [...] Como muçulmanos, não cederemos, não daremos um passo atrás em nossos direitos sobre Jerusalém Oriental. Nossa luta para tornar Jerusalém uma cidade de paz, segurança e proteção continua", disse Erdogan na quarta-feira durante um evento em Ancara.
Além disso, o presidente lembrou o papel histórico da Turquia na cidade: "Servimos Jerusalém por 400 anos como parte de nossa responsabilidade para com o mundo islâmico. Netanyahu não conhece essa história, mas continuaremos garantindo que esta cidade venerada continue sendo um lugar de paz e bem-estar para todas as religiões. Jerusalém pertence a nós e ao mundo islâmico, não àqueles que a reivindicam por meio da opressão".
- O status de Jerusalém é uma das questões-chave no conflito israelo-palestino
- Durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel conquistou Jerusalém Oriental, a Cisjordânia, a Faixa de Gaza, a península do Sinai e os Montes Golã
- Os israelenses insistem que Jerusalém é a capital indivisível de Israel. Os palestinos, por sua vez, querem transformar a parte oriental da cidade na capital de seu Estado.