
Rússia diz que não há lugar para UE nas negociações sobre Ucrânia

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou nesta quarta-feira (17) que os países europeus não têm lugar na mesa de negociações para a resolução da crise ucraniana.

"A Europa está claramente tentando conquistar um lugar à mesa das negociações de uma forma bem descarada, embora, da posição que defende, uma posição de revanchismo, de infligir uma derrota estratégica, é claro que não há um lugar para ela na mesa de negociações", declarou Lavrov.
O ministro acrescentou que tanto os europeus quanto o regime de Kiev estão tentando sabotar os esforços de paz do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump: "Os europeus e o regime ucraniano estão tentando convencer Trump a desistir dos esforços de paz, voltar ao confronto com a Rússia e, em essência, transformar a guerra de Biden na guerra de Trump", esclareceu Lavrov.
Garantias de (não) segurança
Anteriormente, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a UE tem um plano "bastante claro" para enviar tropas à Ucrânia. O líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, confirmou planos semelhantes no âmbito da discussão sobre garantias de segurança para a Ucrânia, observando que milhares de soldados de países ocidentais serão destacados para o território ucraniano.
Na Rússia o perigo de tal ideia foi repetidamente enfatizado, observando que as tropas da OTAN serão consideradas alvos legítimos para as forças russas.
"Se tropas aparecerem lá, especialmente agora, durante as hostilidades, presumiremos que serão alvos legítimos, sujeitos a ataque", afirmou o presidente russo, Vladimir Putin, no início de setembro. "E se forem alcançados acordos que levem à paz, a uma paz duradoura, então não vejo sentido em eles permanecerem em território ucraniano", observou, enfatizando que, nesse caso, a Rússia cumpriria integralmente os acordos.
