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China condena oferenda do primeiro-ministro japonês em santuário polêmico

O Santuário Yasukuni contém os nomes de todos os soldados que morreram servindo ao Japão, incluindo mais de 1.000 criminosos de guerra declarados.
China condena oferenda do primeiro-ministro japonês em santuário polêmicoGettyimages.ru / Franck Robichon - Pool

A China condenou uma oferenda de bonsai feita no domingo pelo primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, em um santuário polêmico em Tóquio que venera pessoas condenadas por crimes de guerra, informa a Reuters.

"O santuário Yasukuni um instrumento espiritual e um símbolo dos militaristas japoneses responsáveis pela guerra de agressão [japonesa contra a China]. O local homenageia 14 criminosos de guerra Classe A condenados com graves responsabilidades pelos crimes cometidos durante essa guerra de agressão", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, durante uma coletiva de imprensa.

Ao mesmo tempo, Wenbin assegurou que Pequim se opõe firmemente aos "movimentos negativos" de Tóquio. "O Ministério das Relações Exteriores e a Embaixada da China no Japão apresentaram, respectivamente, sérias declarações ao lado japonês", acrescentou.

Tanto a China quanto a Coreia do Sul consideram o santuário —fundado em 1869— um símbolo da agressão militar do Japão no passado, já que ele carrega os nomes de todos os soldados que morreram servindo ao Japão, incluindo 1.068 pessoas condenadas como criminosos de guerra em julgamentos após a Segunda Guerra Mundial. Dessas, 14 são criminosos de Classe A, que foram julgados entre 1946 e 1948 pelos Aliados nos Julgamentos de Tóquio.