O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, afirmou na segunda-feira (15) que sua declaração sobre o "golpe" foi "interpretada de forma equivocada", informou o portal Poder360.
No sábado (13), durante evento com os governadores Ronaldo Caiado (União Brasil), Romeu Zema (Novo) e Ratinho Júnior (PSD), Valdemar disse que o golpe foi planejado, mas não foi colocado em prática.
"Houve um planejamento de golpe, mas nunca teve o golpe efetivamente. No Brasil, a lei diz o seguinte: se você planejar um assassinato, planejou tudo, mas não fez nada, não tentou, não é crime. O golpe não foi crime. O grande problema nosso é que teve aquela bagunça no 8 de Janeiro e o Supremo disse que aquilo foi um golpe, um absurdo", afirmou.
Jair Bolsonaro (PL) evitava o termo "golpe", falando sobre decretos de estado de Defesa ou de sítio, que precisariam da aprovação do Congresso.
Valdemar acrescentou que "o presidente Bolsonaro sempre deixou claro que não aceitaria nada fora da Constituição. Ele recuou de qualquer ideia nesse sentido e conduziu a transição de forma democrática. Esse é o fato".
Reação do líder do PT
O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), classificou como "sincericídio" as declarações e acrescentou que "a existência do plano Punhal Verde e Amarelo, que previa tanto a ruptura institucional quanto a eliminação física de adversários políticos: Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes".
"Ao admitir o planejamento, Valdemar reconhece que a tentativa do crime existiu, pois, sabemos, que a organização criminosa passou da cogitação à execução, com a participação dos kids pretos", completou Lindbergh.