
Relatório da ONU aponta genocídio de Israel em Gaza

As autoridades e tropas israelenses "cometeram e continuam a cometer atos de genocídio" contra os palestinos na Faixa de Gaza, afirmou nesta terça-feira (16) a Comissão Internacional Independente de Inquérito da ONU sobre os Territórios Palestinos Ocupados em relatório.

"A Comissão considera que Israel é responsável pelo genocídio em Gaza. É evidente que existe uma intenção de destruir os palestinos em Gaza através de atos que cumprem os critérios estabelecidos na Convenção sobre o Genocídio", declarou Navi Pillay, presidente da Comissão.
O relatório é o primeiro a afirmar categoricamente que Israel está cometendo genocídio em Gaza.
Diferentemente de relatórios anteriores, como o de Francesca Albanese em março de 2024, que apontou "motivos razoáveis" para acreditar em genocídio, ou alertas de 2023 sobre "risco de genocídio", este relatório conclui explicitamente que as ações de Israel atendem à definição legal de genocídio conforme a Convenção da ONU de 1948.
Ele cita evidências como massacres em larga escala contra civis e fome intencional como arma de guerra, tudo com a finalidade de "infligir deliberadamente ao grupo [palestinos em Gaza] condições de vida destinadas para provocar sua destruição física, total ou parcial" além de declarações de líderes israelenses (como Netanyahu e Gallant) como prova de intenção genocida.
