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Trump diz que barco venezuelano atacado pelos EUA no Caribe levava cocaína e fentanil

Presidente dos Estados Unidos assegurou que possui provas de que a embarcação transportava drogas.
Trump diz que barco venezuelano atacado pelos EUA no Caribe levava cocaína e fentanilGettyimages.ru / Kevin Dietsch

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta segunda-feira (15) que possui "provas" de que o barco recém-atacado por militares norte-americanos no Caribe transportava drogas oriundas da Venezuela.

Segundo Trump, a embarcação carregava cocaína e fentanil. "Temos provas. Basta olhar para a carga: cocaína, fentanil. O Exército foi incrível. O general Caine [presidente do Estado-Maior Conjunto] me mostrou o vídeo, mas podem vê-lo, porque nós gravamos as provas", disse em coletiva de imprensa na Casa Branca.

O comentário foi feito pouco após o vídeo do ataque ser divulgado na Truth Social do presidente, que descreveu o alvo da ação como "cartéis de drogas e narcoterroristas, positivamente identificados e extremamente violentos". Trump acrescentou que três "terroristas homens" foram mortos na operação.

Este foi o segundo ataque anunciado por Washington contra supostos grupos ligados ao narcotráfico que teriam partido da Venezuela. "Muitas coisas estão saindo da Venezuela, então nós eliminamos tudo", comentou.

"Na primeira vez que fomos, havia centenas de barcos. Agora não há barcos! Eu me pergunto por que (...) As drogas não chegam pelo mar, mas vêm por terra", declarou, indicando que os cartéis também serão enfrentados por via terrestre.

"Mentiras puras"

Horas antes das declarações desta segunda-feira, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, criticou a divulgação do vídeo do primeiro ataque, que deixou 11 mortos. "Foi muito grave que eles tenham fornecido um vídeo ao presidente dos EUA em uma coletiva de imprensa e o publicado em sua conta no Truth Social sem verificar os dados", afirmou, apontando que o vídeo "merece uma investigação ao mais alto nível" por parte da Casa Branca. 

Maduro ressaltou que as comunicações entre Caracas e Washington "estão interrompidas". Ele também classificou as alegações de cumplicidade com o narcotráfico como "mentiras puras", que buscam "fabricar um caso que justifique uma escalada, que justifique um incidente militar, e que justifique um ataque contra a Venezuela, um ataque criminoso".

O líder venezuelano acrescentou ainda que a movimentação militar incomum dos EUA no sul do Caribe, iniciadas em agosto, "é uma agressão militar em andamento".