
Governo Trump restringe vistos para ONU e Brasil pode recorrer à arbitragem - Imprensa

A uma semana do início do Debate Geral da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, o governo brasileiro ainda não recebeu todos os vistos para os integrantes da comitiva que acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sede da ONU.
Segundo diplomatas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, o visto do presidente está garantido, mas parte da equipe segue sem autorização para entrada nos Estados Unidos.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o Brasil poderá recorrer a um procedimento arbitral dentro da própria ONU caso as restrições impostas pelo governo dos Estados Unidos, sob liderança do presidente Donald Trump, sejam mantidas.

A medida é prevista no acordo de sede das Nações Unidas, que garante o acesso irrestrito de representantes dos Estados-membros ao território norte-americano para participação em eventos oficiais da organização.
Em nota enviada ao jornal, o Itamaraty confirmou a existência de pendências nos vistos, mas não informou o número de autorizações ainda não emitidas até esta segunda-feira (15).
Entre os integrantes da comitiva brasileira afetados estão ao menos dois ministros de Estado. Segundo fontes diplomáticas, Alexandre Padilha (Saúde) e Ricardo Lewandowski (Justiça) tiveram seus vistos, ou os de familiares próximos, cancelados nas últimas semanas.
A Assembleia Geral da ONU tem início na próxima terça-feira (23), e até o momento não há confirmação oficial de que todos os integrantes da comitiva brasileira conseguirão embarcar.
