O governo chinês acusou nesta segunda-feira (15) os Estados Unidos de "ameaçar a paz e a segurança regionais" no Caribe após a interceptação de um barco pesqueiro venezuelano por um destróier norte-americano.
Segundo o porta-voz da chancelaria chinesa, Lin Jian, as ações de Washington "violaram gravemente a soberania e os direitos legítimos de outros países" ao mesmo tempo em que utiliza a retórica da "luta antidrogas como pretexto para fins geopolíticos".
Jian também enfatizou que seu país apoia o combate ao crime transfronteiriço, mas que "se opõe ao uso unilateral e excessivo da força" e à "interferência externa nos assuntos internos da Venezuela sob qualquer pretexto".
Ameaça regional
No fim de semana, a correspondente da Telesur na Venezuela, Madelein Garcia, publicou um vídeo da Marinha dos EUA interceptando um barco de pesca a 48 milhas náuticas da ilha de La Blanquilla, dentro da zona econômica exclusiva da Venezuela.
Segundo o chanceler Yvan Gil, 18 soldados dos EUA armados ocuparam a embarcação por oito horas. O caso amplia a crise iniciada com o deslocamento de militares norte-americanos no Caribe, o que Caracas denuncia como uma tentativa de forçar uma mudança política na Venezuela e controlar seus recursos naturais.