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Mercosul deve assinar pacto com EFTA

O acordo de livre comércio, que deve ser assinado nesta terça-feira (16) com o bloco que consiste em Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, pode ajudar a destravar o tratado comercial entre Mercosul e UE.
Mercosul deve assinar pacto com EFTALuciano Gonzalez / Anadolu

A assinatura do Acordo de Livre Comércio entre o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), agendada para esta terça-feira (16), no Rio de Janeiro, foi comunicada pelo portal Exame no domingo (14).

O ato, que reforça um diálogo iniciado há mais de oito anos, ocorrerá durante a Presidência rotativa do Brasil no bloco sul-americano, que atualmente também tem como membros plenos a Argentina, a Bolívia, o Paraguai e o Uruguai.

EFTA é formado por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, que juntos possuem cerca de 15 milhões de habitantes e um Produto Interno Bruto (PIB) agregado de US$ 1,4 trilhão.

O PIB do Mercosul é mais que o dobro do que o do bloco europeu, além de contar com uma população aproximadamente 20 vezes maior, o que faz com que a renda per capita dos cidadãos do grupo sul-americano seja muito inferior e que haja uma enorme discrepância ao acesso a certas tecnologias, o que para alguns setores indica uma limitação do acordo.

Discrepâncias e possibilidades de benefício mútuo

O Globo, por outro lado, enalteceu o comércio de carne brasileira nos países do bloco europeu, bem como o possível barateamento do chocolate e remédios suíços, e bacalhau norueguês no Brasil, para informar que existe a expectativa de que o comércio entre os blocos aumente.

Em termos de PIB per capita, Liechtenstein é considerado o segundo país mais rico do mundo, com renda média anual de US$ 186 mil por pessoa. Já a Suíça é o quarto mais rico em renda per capita (US$ 104,5 mil). Islândia e Noruega também figuram nas primeiras posições de países com maiores rendas médias.

Outros membros do Mercosul, que possuem apenas status de países associados, como Chile, Colômbia, Equador, Panamá e Peru já possuem acordos bilaterais de livre comércio com o EFTA em vigor.

Apesar do fim das negociações haver sido anunciado ainda durante a 66ª Cúpula do Mercosul em julho de 2025 em Buenos Aires, o acordo precisa ser ratificado por cada um dos países envolvidos.

acordo entre Mercosul e União Europeia (UE) também se encontra pendente de assinatura e ratificação. Existe a expectativa de que o Acordo Mercosul-EFTA possa "destravar o tratado comercial" com a UE.