Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, prometeu na noite de quinta-feira (11), durante Congresso do Partido Socialista Unido da Venezuela, que se os EUA atacarem a Venezuela, o país passará à luta armada.
"Jamais nos humilharemos diante do império. Andaremos de pé em batalha ativa", assegurou.
''Nunca pensei que diria estas palavras, mas a responsabilidade histórica nos obriga'', afirmou o mandatário, anunciando ações imediatas de preparação para uma eventual agressão norte-americana.
Já na próxima semana, o governo venezuelano planeja organizar moradores de diferentes bairros para participar de treinamentos, patrulhas ou atividades de preparação civil. 260 mil ruas e 47 mil comunidades serão engajados nessas ações.
Nesse contexto, foram efetivadas mobilizações militares em "284 frentes de batalha'' em todo o país, abrangendo instalações estratégicas, como infraestruturas petrolíferas, aeroportos, serviços públicos e pontos de fronteira.
Mobilização impressionante
De acordo com dados oficiais, 8,2 milhões de pessoas, cerca de 27% da população total de 30 milhões, se alistaram voluntariamente nas milícias oficiais. O número seria ainda maior se considerada apenas a população adulta.
A Juventude Socialista do PSUV já deu início nos treinamentos militares intensivos para formar novos quadros de resistência. Na última segunda-feira (8), por exemplo, ocorreu a formatura do programa de Treinamento Básico de Resistência Revolucionária Turma Darío Vivas.
Durante o ato, o secretário-geral do partido, Diosdado Cabello, afirmou que os jovens carregam "o estandarte da paz, da segurança e da soberania da Pátria".
Cabello relembrou a trajetória do líder Darío Vivas e ressaltou que o curso contou com ampla participação de homens, mulheres e pessoas com limitações físicas, enfatizando o espírito de disciplina e sacrifício coletivo.
- Nesta semana, o secretário de Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, afirmou a marinheiros e fuzileiros navais em um navio de guerra nos arredores de Porto Rico que eles não foram enviados ao Caribe para treinamento, mas sim para uma missão com o objetivo de combater o narcotráfico.
- Nos últimos dias, Trump afirmou, sem fornecer mais detalhes, que ''em breve'' o mundo descobrirá se seu país planeja realizar ataques contra o território venezuelano, em meio à crescente tensão entre as nações.
- Em repetidas ocasiões, a Venezuela destacou a eficiência de seu combate ao narcotráfico, criticando a "narrativa absurda" de oficiais dos EUA que pretendem colocar Caracas no "centro" de sua política antidrogas.