Mais de 1,1 milhões de crianças na Faixa de Gaza enfrentam desnutrição e doenças
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O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) afirma que a maioria das crianças pequenas e das mulheres grávidas na Faixa de Gaza não consegue satisfazer as suas necessidades nutricionais básicas.
Segundo uma pesquisa da instituição, divulgada nesta sexta-feira, 90% de crianças menores de 2 anos comem dois ou menos grupos de alimentos por dia, principalmente pão ou leite.
"As crianças na Faixa de Gaza enfrentam uma tripla ameaça mortal às suas vidas, à medida que os casos de doenças aumentam, a nutrição despenca e a escalada das hostilidades se aproxima da sua décima quarta semana", afirmou a UNICEF.
O relatório revelou ainda que os casos de diarreia em crianças com menos de 5 anos de idade aumentaram de 48.000 para 71.000 em apenas uma semana a partir de 17 de Dezembro, o equivalente a 3.200 novos casos de diarreia por dia.
A pesquisa também descobriu que cerca de 25% das mulheres grávidas e lactantes comem apenas um grupo de alimentos por dia.
A diretora executiva da UNICEF, Catherine Russell, alertou que as crianças "estão cada vez mais em risco devido a doenças evitáveis e à falta de alimentos e água", lembrando que "todas as crianças e civis devem ser protegidos da violência e ter acesso a serviços e suprimentos básicos".
Perante a situação, a UNICEF fez um apelo a um "cessar-fogo humanitário imediato para ajudar a salvar vidas de civis e aliviar o sofrimento".
"O futuro de milhares de crianças em Gaza está em jogo. O mundo não pode ficar parado e assistir. A violência e o sofrimento das crianças devem parar", disse Russell.