A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, dirigiu-se aos cidadãos da Ucrânia, e questionou se eles compreendem que o líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, "os mata" enviando-os ao front com recursos fornecidos pelo Ocidente.
"Tenho uma pergunta para todos os cidadãos da Ucrânia. Pelo menos agora, quando o governo ucraniano já destinou US$ 12 milhões apenas para a captura de pessoas nesta mobilização de emergência, vocês realmente não percebem o principal? Zelensky está matando vocês com dinheiro ocidental", afirmou Zakharova.
Ela ressaltou que, se Zelensky precisa de mais 120 mil ucranianos, é preciso pensar no que restará da nação. "Mais uma vez, uma pergunta para os cidadãos da Ucrânia: quando vocês vão acordar?", questionou.
Zakharova acrescentou que, em cidades com mais de um milhão de habitantes, como Kiev, Kharkov, Odessa e Dnepropetrovsk, as juntas de recrutamento militar funcionam 24 horas por dia.
A porta-voz também afirmou que, além do Reino Unido, França e dos países bálticos, poucos estão dispostos a enviar tropas para a Ucrânia, por compreenderem as possíveis consequências.
"Garantias de segurança"
A chamada "coalizão dos dispostos" se reuniu no último dia 11 para discutir as garantias de segurança que poderiam ser oferecidas à Ucrânia em caso de acordo de paz ou cessar-fogo com a Rússia.
Em coletiva de imprensa, Emmanuel Macron declarou que 26 nações estariam dispostas a enviar tropas para garantir a segurança pós-conflito na Ucrânia. Itália, Polônia, Romênia, Japão, Bulgária, Croácia e EUA, porém, negaram participação. A Hungria já havia rejeitado a proposta anteriormente.
Moscou tem reiterado que a presença de tropas estrangeiras na Ucrânia é inaceitável.
O presidente Vladimir Putin afirmou que não faria sentido enviar forças estrangeiras ao território ucraniano após a obtenção de uma paz duradoura, e que tropas da OTAN seriam consideradas alvos legítimos se estiverem presentes na Ucrânia.