O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido encerrou as funções do embaixador nos EUA, Peter Mandelson, informou o ministro Stephen Doughty à Câmara dos Comuns, segundo a Sky News, nesta quinta-feira (11).
A decisão foi tomada "à luz de informações adicionais contidas em e-mails" do ex-embaixador. A correspondência mostra que "a profundidade e a extensão de seus relacionamentos com Jeffrey Epstein" diferem significativamente do que se sabia na época de sua nomeação, explicou Doughty.
Entre os motivos principais está a "suposição de Mandelson de que a primeira condenação de Jeffrey Epstein era injusta e deveria ser contestada".
"Melhor amigo"
Mandelson havia admitido detalhes "muito constrangedores" sobre seu relacionamento com o financista após um comitê do Congresso dos EUA divulgar um livro dado a Epstein por amigos próximos em seu 50º aniversário.
Os documentos revelaram que o ex-embaixador britânico nos EUA se referia ao criminoso como seu "melhor amigo". O livro também contém fotos de Mandelson durante uma visita em 2002 à ilha particular de Epstein no Caribe, Little St. James, descrita por uma das vítimas como uma "ilha de orgias".
As referências a Mandelson ocupam cerca de 10 páginas do material, nas quais ele descreve Epstein como "misterioso" e o caracteriza como "inteligente e perspicaz".
E-mails vazados ainda mostram que Mandelson aconselhou Epstein sobre como responder a acusações criminais de solicitação de menor em 2008.