Com base na análise do relatório do diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, sobre segurança, proteção e salvaguardas nucleares na Ucrânia, a instituição reconheceu a pressão da Ucrânia sobre os funcionários russos da Central Nuclear de Zaporozhie.
A informação foi divulgada na quarta-feira (10) pelo representante permanente da Rússia junto às Organizações Internacionais em Viena, Mikhail Ulyanov, durante sessão do Conselho de Governadores da AIEA.
Ulyanov ressaltou a importância do reconhecimento, pela AIEA, do estado de stress que afeta os funcionários russos na usina. Ele afirmou que a Rússia vinha alertando repetidamente a liderança da agência sobre a situação e forneceu informações detalhadas sobre o tema.
O diplomata pediu à AIEA uma avaliação "severa e inequívoca" sobre os ataques do regime de Kiev contra a instalação nuclear. Segundo ele, o silêncio e a "relutância em identificar claramente os responsáveis" estariam incentivando novos ataques, cujas consequências podem ser "extremamente graves".
Ulyanov também afirmou que, nos últimos três meses, a intensidade dos ataques das Forças Armadas da Ucrânia "aumentou significativamente", com ataques "praticamente diários" nas últimas semanas.