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Brasil registra deflação pela primeira vez desde 2024; habitação, alimentos e combustíveis puxam queda

Apesar dos indicativos positivos, setores como educação, saúde e higiene pessoal, vestuário e despesas pessoais tiveram aumento de preços.
Brasil registra deflação pela primeira vez desde 2024; habitação, alimentos e combustíveis puxam quedaGettyimages.ru

Em agosto de 2025, a Brasil registrou deflação pela primeira vez desde agosto de 2024: o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu 0,11%, em sua queda mais significativa desde setembro de 2022.

As principais razões foram a queda nos preços da habitação, alimentos e combustíveis.

O maior impacto no índice geral foi causado pela queda nos preços da energia elétrica residencial (-4,21%), alimentação e bebidas (-0,46%), transporte (-0,27%) e habitação (-0,90%).

Fatores-chave da deflação

A redução de 4,21% nos preços da energia elétrica para a população teve um impacto significativo no grupo "serviços residenciais".

Em agosto, os preços dos produtos básicos para o orçamento familiar registraram queda, tais como:

  • Tomates: -13,39%
  • Batatas: -8,59%
  • Cebolas: -8,69%
  • Arroz: -2,61%
  • Café moído: -2,17%

Também houve queda no segmento de combustíveis, com queda de -0,94% na gasolina, -0,82% no etanol e -1,27% no gás automotivo.

Aumento dos preços

Apesar da deflação geral, algumas categorias de bens e serviços, no entanto, ficaram mais caras:

  • Educação: +0,75% (devido à revisão dos preços dos cursos regulares);
  • Saúde e higiene pessoal: +0,54%;
  • Vestuário: +0,72%;
  • Despesas pessoais: +0,40%.

Panorama geral da inflação

  • A inflação acumulada em 2025 foi de 3,15%.
  • Nos últimos 12 meses, a inflação foi de 5,13%, abaixo do índice do período anterior (5,23%).

  • O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para famílias de baixa renda (até 5 salários mínimos) caiu 0,21% em agosto. Ao longo do ano, seu valor foi de 5,05%.