O presidente da Câmara dos Representantes nomeia um "novo eixo do mal"

Enquanto os congressistas dos EUA se preparam para votar neste fim de semana sobre a ajuda à Ucrânia, a Israel e a Taiwan, o presidente republicano da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, está fazendo uma tentativa de confronto, designando a Rússia, a China e o Irã como o "'eixo do mal'".

"Eu realmente acredito nas informações e nos relatórios que recebemos. Acho que Xi [Jinping], Vladimir Putin e o Irã são realmente um eixo do mal. Acho que eles estão coordenados nisso", declarou Johnson a repórteres no Capitólio, depois que os projetos de lei para fornecer ajuda militar, confiscar ativos russos congelados e impor sanções adicionais a Pequim foram aprovados em uma votação processual na Câmara.

Cameron reúne-se com Trump em tentativa de arrecadar dinheiro para Kiev

"Eu preferiria enviar projéteis para a Ucrânia do que jovens americanos. Meu filho está começando a estudar na Academia Naval neste outono. Esse é um exercício de fogo ao vivo para mim, como é para muitas famílias americanas", explicou.

Os comentários de Johnson não foram bem recebidos pelos republicanos da linha dura, que classificaram a postura do presidente da Câmara como uma suposta traição por não priorizar a crise migratória na fronteira sul com o México.

Os republicanos não foram os únicos descontentes, pois a China também emitiu uma forte repreensão aos EUA pelas declarações "errôneas" de Johnson. "O lado chinês se opõe e protesta veementemente contra os comentários errôneos e graves feitos por algumas pessoas nos EUA contra o líder chinês e apresentou protestos severos ao lado americano", disse Liu Pengyu, porta-voz da Embaixada da China, à Newsweek quando solicitado a comentar o assunto.