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EUA estão 'profundamente' preocupados com medidas da Espanha contra Israel

Departamento de Estado dos EUA alegam que as ações de Madrid "encorajam terroristas"; na segunda-feira (8), o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou "nove medidas adicionais para deter o genocídio em Gaza, perseguir seus executores e apoiar o povo palestino".
EUA estão 'profundamente' preocupados com medidas da Espanha contra IsraelGettyimages.ru / Pablo Blazquez Dominguez

Os Estados Unidos manifestaram preocupação com a possibilidade de a Espanha restringir operações americanas e adotar medidas contra Israel, informou a Alarabiya nesta quarta-feira (10), citando um porta-voz do Departamento de Estado.

"É profundamente preocupante que a Espanha, membro da OTAN, tenha optado por limitar potencialmente as operações americanas e virar as costas a Israel no mesmo dia em que seis pessoas morreram em Jerusalém. Estas medidas encorajam os terroristas", afirmaram autoridades americanas em comunicado enviado à Reuters.

Na segunda-feira (8), o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou "nove medidas adicionais para deter o genocídio em Gaza, perseguir seus executores e apoiar o povo palestino".

Entre elas estão embargo de armas a Israel, proibição do trânsito em portos espanhóis de navios que transportem combustíveis destinados às Forças Armadas israelenses e recusa de entrada no espaço aéreo espanhol a aeronaves com material de defesa para Israel.

Sánchez também determinou restrição de entrada na Espanha a pessoas envolvidas no genocídio e em violações de direitos humanos em Gaza, além da proibição de importação de produtos oriundos de assentamentos ilegais em Gaza e na Cisjordânia.

O anúncio provocou tensão diplomática. Israel proibiu a entrada de duas ministras espanholas, acusadas de antissemitismo, enquanto o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, convocou a embaixadora em Tel Aviv para consultas.