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Dino indica possível perdão judicial a Cid e gera esperança de benefícios

Após vaivém em delação, o ministro gerou otimismo na defesa do tenente-coronel sobre a possibilidade de perdão judicial.
Dino indica possível perdão judicial a Cid e gera esperança de benefíciosValter Campanato / Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, comunicou que vai sugerir o grau máximo de benefício a Cid por sua colaboração premiada, conforme noticiou a Folha de São Paulo nesta quarta-feira (10).

Dino vinha se manifestando sobre os ataques ao Poder Judiciário feitos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o fim de seu governo quando citou o tenente-coronel.

A esperança de que todos os benefícios serão mantidos foi revivida pelo posicionamento tomado pelo ministro na terça-feira (9).

Apesar de despercebida por parte das defesas dos réus, uma declaração de Dino foi interpretada com entusiasmo pela defesa do militar, que via a delação premiada sob risco diante de pedidos das defesas pela nulidade do acordo e da sugestão da PGR (Procuradoria-Geral da República) de diminuir os benefícios.

"A mesma coisa em relação ao senhor Mauro Cid, que vou, posteriormente, aquilatar no grau máximo, quanto possível, os benefícios a ele deferidos. Porque considero que a colaboração atendeu os seus objetivos de esclarecimento dos fatos e de utilidade para a investigação e elucidação de outros elementos fáticos e humanos dessa cadeia criminosa", disse Dino.

O ministro seguiu o entendimento de Moraes, que condenou Cid e o colocou na "segunda prateleira de culpabilidade", já que afirmou que Cid é um dos principais organizadores da trama golpista.

O julgamento foi retomado nesta quarta-feira (10) com o voto do ministro Luiz Fux, que também é visto com bons olhos pelos advogados dos réus.

Posteriormente se posicionarão Cármen Lúcia e Cristiano Zanin antes que a pena dos réus seja reconhecida com a discussão da dosimetria.