Israel ataca Doha, capital do Catar

Uma série de explosões foi ouvida em Doha, capital do Catar, nesta terça-feira (9) onde uma coluna de fumaça foi vista subindo de um bairro no centro da cidade.

Uma autoridade do país judeu alegou que as explosões foram resultado de "uma tentativa de assassinato contra integrantes de alto escalão do Hamas", informou a imprensa israelense. 

Uma delegação do movimento palestino está atualmente no Catar para discutir uma proposta de cessar-fogo, informou uma fonte do Hamas à Al Jazeera.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) relataram que realizaram uma operação de "ataque de precisão" em conjunto com a Agência de Inteligência de Segurança (ISA) contra integrantes de alto escalão do Hamas, que, segundo a organização, "orquestraram e travaram a guerra contra o Estado de Israel".

"Antes do ataque, foram tomadas medidas para mitigar os danos à população civil, incluindo o uso de munições de precisão e inteligência adicional", diz o comunicado sem especificar onde a operação teria ocorrido.

Uma fonte israelense revelou ao Canal 14 que o ataque teve como alvo líderes do Hamas no Catar, incluindo Khalil al-Hayya e Zaher Jabarin, e que teve o "total apoio" dos Estados Unidos.

Enquanto isso, a Embaixada dos EUA em Doha pediu aos seus cidadãos no país árabe que permaneçam em casa e monitorem atentamente as atualizações nas redes sociais.

"Violação flagrante de todas as leis e normas internacionais"

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O Catar condenou imediatamente o ataque israelense a prédios residenciais na capital do país, onde vários membros do Escritório Político do Hamas estão baseados, qualificando-o como "covarde" e "criminoso":

"Este ataque criminoso constitui uma violação flagrante de todas as leis e normas internacionais e representa uma grave ameaça à segurança dos catarianos e de seus residentes", escreveu o ministro e porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed al-Ansari, em sua conta no X, informando ainda que as autoridades competentes tomarão as medidas necessárias para garantir a segurança dos cidadãos e das áreas vizinhas.

Al-Ansari também observou que o Estado do Catar não tolerará a "contínua perturbação da segurança regional" por parte de Israel ou seu "comportamento imprudente".