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China denuncia 'interferência e sabotagem' dos EUA em relações com países da América Central

Pequim afirmou que o cancelamento de vistos "reflete como os EUA estão acostumados a cometer bullying contra os 'pequenos' nas relações internacionais".
China denuncia 'interferência e sabotagem' dos EUA em relações com países da América CentralVCG / Gettyimages.ru

O Ministério das Relações Exteriores da China lamentou e se opôs "firmemente" nesta segunda-feira (8) à "difamação infundada, à diplomacia coercitiva e à interferência e sabotagem flagrantes dos EUA contra as relações da China com os países da América Central", após Washington anunciar uma restrição de vistos para cidadãos das nações da região que "engajem em cooperação com o Partido Comunista chinês".

A medida reflete "como os EUA estão acostumados a intimidar os 'pequenos' nas relações internacionais", além de revelar o "profundo preconceito ideológico e a mentalidade da Guerra Fria" do país norte-americano, afirmou o porta-voz Lin Jian. Nesse contexto, denunciou o uso de "vistos como arma" pela Casa Branca.

Pequim ressaltou que, apesar das "gritantes interferências e sabotagens" de Washington, irá "continuar a fortalecer o intercâmbio e cooperação com países centro-americanos, contribuindo para a prosperidade de comunidades locais e proporcionando benefícios mais tangíveis aos seus povos".

"Proteger os interesses de segurança nacional"

O governo norte-americano anunciou a restrição de vistos na última qunta-feira (4), que afetará cidadãos de países centro-americanos que "intencionalmente agindo em nome do Partido Comunista Chinês (PCC), conscientemente dirijam, autorizem, financiem, forneçam apoio significativo ou realizem atividades que prejudiquem o Estado de Direito na América Central".

Segundo a decisão do secretário de Estado, Marco Rubio, a ação "reafirma o compromisso do presidente [Donald] Trump para proteger a prosperidade econômica da América e os interesses de segurança nacional em nossa região".