Acusado do assassinato de Tupac Shakur aponta P. Diddy como mandante

Ele é a única pessoa viva que teria ouvido Diddy oferecer um milhão de dólares para matar Tupac e o executivo da gravadora Death Row Records, Suge Knight,

Duane Keith "Keffe D" Davis, acusado em 2023 de orquestrar o assassinato do rapper Tupac Shakur em 1996, disse em interrogatório que uma das motivações do crime foi a promessa de um milhão de dólares feita pelo também rapper Sean Combs, conhecido como P. Diddy, para eliminar Tupac e Marion "Suge" Knight, executivo da gravadora Death Row Records.

Um relatório da DEA (Administração de Controle de Drogas dos EUA), obtido pelo USA Today e apresentado à Justiça em 2025, aponta que Davis era líder da gangue Crips. Inicialmente, acreditava-se que ele queria ajudar o sobrinho, Orlando Anderson, agredido por Tupac após uma luta de boxe em Las Vegas em 7 de setembro de 1996.

Na ocasião, Tupac, Suge Knight e membros da gangue Bloods teriam atacado Anderson até a chegada da segurança do hotel.

Horas depois, Tupac foi atingido por quatro disparos enquanto dirigia seu BMW, a partir de um Cadillac em movimento, e morreu dias depois. Knight, ao lado, teve apenas um arranhão na cabeça. Anderson não procurou atendimento nem relatou o caso à polícia, mas falou ao tio, Davis.

Após ser indiciado, Davis afirmou em juízo que Diddy teria mandado matar Tupac e Knight. Documentos de processos civis também indicam que o artista se vangloriou do crime e possivelmente custeou o Cadillac usado pelos atiradores.

P. Diddy nunca foi acusado formalmente e nega envolvimento. Um porta-voz da Polícia Metropolitana de Las Vegas disse ao USA Today que o rapper "nunca foi suspeito no caso do assassinato de seu rival".

O próprio Davis tentou recuar de várias declarações desde a acusação. O julgamento dele está previsto para fevereiro de 2026.

Ele é a única pessoa viva que teria ouvido Diddy oferecer um milhão de dólares para matar Tupac e Knight. Dos quatro homens que estavam no Cadillac, Davis é o único sobrevivente. Mas seu depoimento isolado não é suficiente para apresentar acusações contra o artista, e não há outras provas que o liguem ao crime.