O deputado federal Eduardo Bolsonaro, que mora nos Estados Unidos desde fevereiro de 2025, negou, em entrevista concedida ao portal Poder360 nesta segunda-feira (8), deter responsabilidade sobre as tarifas de 50% impostas pelo presidente Donald Trump contra certos produtos brasileiros.
Eduardo afirmou que ele e o jornalista Paulo Figueiredo, que já se reuniram com autoridades norte-americanas para discutir supostas violações da liberdade de expressão e perseguição política no Brasil, são apenas "mensageiros", atribuindo as medidas a uma alegada "crise institucional".
"A gente leva a verdade para as autoridades americanas. E a gente fica muito feliz de ter conseguido atrair a atenção deles para o Brasil, porque isso é dificílimo e disputado pelo mundo inteiro", argumentou.
Ele observou que as tarifas se somam a outras medidas impostas pelo governo Trump contra o Brasil, incluindo a suspensão de vistos para magistrados e a aplicação da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes.
"O presidente Trump escolheu primeiro as tarifas, e ele tem muito mais experiência do que eu para seguir por esse caminho. E eu acredito na liderança dele", afirmou, acrescentando que as medidas irão se intensificar caso o Brasil não demonstre disposição de respeitar o "estado democrático de direito".
Nesse contexto, negou estar fazendo "ameaças" contra o próprio país, dizendo que apenas expressa o "sentimento daquilo que pode ocorrer", ressaltando que ainda há "chance de mudar tudo isso" por meio da aprovação da anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.