Assessor de Putin denuncia inteligência britânica por sabotagem no Nord Stream

"Uma das agências de inteligência capazes de realizar essa tarefa é o famoso Special Boat Service do Reino Unido", afirma Nikolai Patrushev.

Os países interessados ​​em encontrar informações reais sobre os ataques aos gasodutos Nord Stream em 2022 não foram autorizados a investigar ou tiveram acesso aos materiais dos processos criminais, afirmou Nikolai Patrushev, assessor do presidente russo e presidente do Colégio Marítimo da Rússia, em artigo que ele próprio escreveu para o jornal russo Kommersant no domingo (7). 

Patrushev destacou que o público toma conhecimento dos detalhes da operação por meio de "vazamentos ridículos para a imprensa", que acusa incondicionalmente um grupo de cidadãos ucranianos de terem supostamente fretado um iate de passeio no Mar Báltico utilizando passaportes falsos.

Vários mergulhos em área de movimento intenso de navios 

"No píer, localizado a cem metros de uma base naval da OTAN em Rostock, na Alemanha, os supostos sabotadores, sem serem notados, carregam facilmente equipamentos de mergulho, centenas de quilos de explosivos e outros equipamentos necessários e calmamente partem para o mar", escreveu Patrushev, sublinhando que, de alguma forma, eles descobrem o gasoduto, sem confundi-lo com outros gasodutos e rotas de cabos, abundantes na área.

"Em condições de movimento intenso de navios, eles realizam vários mergulhos, acoplam cargas ao gasoduto e retornam em segurança ao porto", afirma. "Não sei a quem se destinam esses vazamentos para a imprensa, mas as pessoas informadas têm muitas perguntas", escreveu, mencionando que nem todo exército ou serviço secreto do mundo possui mergulhadores capazes de realizar tal ação com competência e, principalmente, de maneira secreta.

Serviço Secreto Britânico

"Uma das agências de inteligência capazes de realizar essa tarefa é o famoso Special Boat Service (Serviço Especial de Barcos)", afirmou.  

Para Patrushev, esta é uma das mais antigas unidades de sabotagem naval do mundo, com destaque para sua atuação durante a Segunda Guerra Mundial.

"Os sabotadores britânicos tornaram-se famosos por sua capacidade de realizar ataques utilizando os meios mais simples, como canoas e caiaques, razão pela qual o serviço era chamado de 'serviço de barcos'. A propósito, eles agora preferem não lembrar que, literalmente na véspera da explosão do Nord Stream, exercícios navais da OTAN foram realizados nesta área do Báltico.

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