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Exercício militar anfíbio dos EUA é registrado em Porto Rico em meio a tensões no Caribe

Marinheiros e soldados da 22ª Divisão Expedicionária de Infantaria da Marinha participaram na atividade.
Exercício militar anfíbio dos EUA é registrado em Porto Rico em meio a tensões no CaribeGettyimages.ru / Edgardo Medina

As Forças Armadas americanas estão realizando exercícios em grande escala em Porto Rico, que começaram na semana passada, para o desembarque de tropas, em um contexto de tensão nas relações com a Venezuela. As manobras, com a participação de mais de 4.500 fuzileiros navais e marinheiros da 22ª Unidade Expedicionária, foram realizadas em três navios — o USS Iwo Jima, o USS San Antonio e o USS Fort Lauderdale — na parte sul do Mar do Caribe.

O comunicado de imprensa destaca que o relevo complexo e o clima tropical de Porto Rico permitem aos fuzileiros navais realizar exercícios realistas, treinando desembarque, patrulhamento, reconhecimento e sobrevivência. Essas manobras ocorreram pouco antes da declaração de Trump sobre a destruição, em águas internacionais, de uma embarcação com "11 narcoterroristas", cujos tripulantes morreram.

As autoridades da Venezuela afirmam que o vídeo foi provavelmente gerado por IA, enfatizando que, mesmo que o incidente fosse real, as ações dos EUA teriam violado o direito internacional, pois primeiro seria necessário tentar deter o navio, e não destruí-lo sem aviso prévio, ainda mais sem qualquer informação sobre ele.

Tensões em aumento

  • Em agosto, a mídia internacional anunciou o deslocamento de tropas americanas para o sul do Caribe para combater cartéis de drogas. A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pamela Bondi, dobrou a recompensa por informações que levem à prisão de Maduro sob a acusação infundada de liderar um cartel de drogas.
  • Após o anúncio das operações dos EUA no Caribe, Maduro convocou o recrutamento em massa de milícias durante dois fins de semana consecutivos. Segundo dados oficiais, 8,2 milhões de pessoas responderam ao apelo.
  • Caracas declarou que as ações hostis dos EUA têm como objetivo desferir um "ataque militar terrorista" para derrubar Maduro, chamando o envio de tropas por Washington de "ameaça" à paz na Venezuela e na região.
  • Apesar do aumento das tensões, Maduro disse que os canais diplomáticos com os EUA, ainda que "deficientes", ainda existem e mostrou-se disposto a dialogar com seu homólogo norte-americano, Donald Trump, desde que o secretário de Estado Marco Rubio não imponha uma "diplomacia dos canhões".