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'Catástrofe que Israel poderia ter evitado': OMS condena restrição de ajuda humanitária em Gaza

O diretor-geral do órgão da ONU, Tedros Adhanom, chamou o conflito de "desumano" e pediu o fim dos ataques.
'Catástrofe que Israel poderia ter evitado': OMS condena restrição de ajuda humanitária em GazaGettyimages.ru / Ali Jadallah/Anadolu

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, acusou Israel de cometer um "crime de guerra" ao bloquear a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Segundo ele, a fome imposta à população palestina poderia ser interrompida.

"O mais intolerável sobre este desastre causado pelo homem é que poderia parar agora mesmo. As pessoas estão morrendo de fome enquanto a comida que poderia salvá-las permanece em caminhões a uma curta distância", declarou em coletiva de imprensa na sexta-feira (5).

Tedros também afirmou que a fome vem sendo usada como arma contra civis, classificando a situação como "uma catástrofe que Israel poderia ter evitado e impedido a qualquer momento". Nas redes sociais, reforçou que se trata de uma "guerra desumana" e pediu o fim dos ataques, advertindo que buscará aliados internacionais para pressionar o governo israelense.

Segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, enviados à Al Jazeera, cerca de 376 palestinos, sendo 134 deles crianças, morreram exclusivamente por fome desde o início da ofensiva de Israel em 7 de outubro de 2023. No total, ao menos 64.300 pessoas foram mortas e 162.005 ficaram feridas na região.

A ONU declarou há duas semanas estado de fome extrema em partes de Gaza. Israel, porém, nega que haja desnutrição em massa, acusando o Hamas de desviar a ajuda humanitária enviada.