
Maduro diz que respeita Trump, mas alerta para 'conflito militar de grande impacto'

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez um apelo direto na última sexta-feira (5) para que o governo dos Estados Unidos interrompa o que chamou de "ameaças" ao território de seu país.

Durante um discurso em Caracas, Maduro afirmou que as ações de Donald Trump, que incluem a autorização para derrubar aviões venezuelanos e o envio de caças F-35 a Porto Rico, buscam uma "mudança violenta de regime".
Ele alertou que a atual situação entre Caracas e Washington poderia levar a um "conflito militar de grande impacto".
Trump cita "combate ao tráfico" ao ordenar ações no Caribe
A tensão entre ambos os países teve início em 20 de agosto, quando a Casa Branca, justificando o combate ao narcotráfico, anunciou o posicionamento de três navios de guerra na costa venezuelana.
Na segunda-feira (1º. set), Maduro havia afirmado que os EUA tinham 1.200 mísseis navais e um submarino apontados contra a Venezuela, operação que classificou como "a maior ameaça já vista" no continente "nos últimos 100 anos".
Apesar das acusações dos EUA sobre seus supostos vínculos com cartéis de drogas, Maduro declarou ter respeito pelo presidente norte-americano.
"Eu o respeito [Trump]. Nenhuma das diferenças que tivemos e continuamos a ter poderia levar a um conflito militar de grande impacto ou à violência na América do Sul. Não há justificativa para isso", disse.
