Presidente iraniano: O ódio global a Israel e aos EUA é resultado do sangue dos mártires

O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, declarou na sexta-feira que o ódio global contra Israel e os Estados Unidos é o resultado do sangue dos mártires. Dirigindo-se a milhares de iranianos que se reuniram em Kerman para prestar homenagem aos mortos no ataque de quarta-feira, Raisi destacou o trabalho do general Qassem Soleimani, que foi morto no Iraque em 2 de janeiro de 2020 em um ataque dos EUA, e seu papel na expansão dos movimentos de resistência na região.

Ele elogiou o confronto bem-sucedido da resistência palestina à ocupação israelense e disse que a conspiração dos EUA para formar um novo "Israel" na região foi frustrada graças aos esforços de Soleimani. Raisi também disse que os inimigos do Irã tomaram conhecimento das capacidades de crescimento exponencial do Irã, acrescentando que Teerã assumirá maior responsabilidade por seus mártires.

Enquanto isso, o comandante do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, Hossein Salami, que também participou do funeral em massa das vítimas das explosões em Kerman reivindicadas pelos terroristas do Estado Islâmico (EI), disse que as forças iranianas identificarão e levarão à justiça os envolvidos no ataque, "onde quer que estejam".

Salami descreveu o grupo terrorista como o resultado da política dos EUA no mundo islâmico e observou que o EI tentou "desenhar um novo mapa" para estabelecer um califado na região, mas foi derrotado graças aos sacrifícios de Soleimani. Agora que "não há nenhum vestígio deles no mapa político do mundo" e o que resta de seus membros permanece escondido, "eles só podem agir como agentes e mercenários dos EUA e do sionismo".

"Mas damos a eles este aviso: se vocês são corajosos o suficiente, lutem conosco, por que estão atacando mulheres e crianças indefesas?", acrescentou Salami.

• Duas explosões em Kerman, nas proximidades do cemitério onde Soleimani está enterrado, tiraram a vida de 89 pessoas, de acordo com a última atualização após a morte de vários feridos graves. Cerca de 300 pessoas ficaram feridas.