
Maduro anuncia início do 'primeiro ciclo de ativação' da milícia

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta-feira (4) que o "primeiro ciclo de ativação" da milícia e dos reservistas das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas começará na sexta-feira (5), após duas sessões massivas de recrutamento. Segundo ele, o objetivo é definir aspectos organizacionais e avançar na "mobilização de forças".

"Amanhã, pela primeira vez na história militar do país, ativaremos as unidades de milícias comunais (UCM) nos 5.336 circuitos comunais do país [...], que abrangem todo o território nacional", afirmou Maduro em um discurso televisionado.
O presidente detalhou que "cada UCM terá um conjunto de bases de apoio para defesa integral", totalizando 15.751, número equivalente às seções eleitorais do país.
"É uma forma de organização muito singular, pertinente e muito eficaz", acrescentou.
"Alistamento permanente"
Maduro explicou que a sessão desta sexta-feira abordará questões organizacionais e incluirá "a primeira indução a esta nova fase", com a promessa de "níveis cada vez mais altos" dentro do plano de defesa nacional.
"O objetivo amanhã é mobilizar os 8,2 milhões de venezuelanos que estão no sistema de defesa nacional e, além da poderosa base de 4,5 milhões de milicianos treinados ao longo dos anos, também adicionaremos novos recrutas", observou o presidente.
Da mesma forma, informou que, a partir de agora, "a inscrição será permanente" e os interessados poderão se candidatar por meio do "Sistema Pátria", plataforma utilizada pelas autoridades para administrar benefícios sociais, realizar pesquisas sobre as necessidades da comunidade e coletar informações estratégicas sobre questões de interesse nacional.
Segundo ele, as autoridades tomaram essa decisão "porque muitas pessoas querem se alistar", mas não conseguiram fazê-lo "por vários motivos", incluindo férias escolares, compromissos de trabalho e a saturação dos pontos de recrutamento militar designados.
"Temos a capacidade absoluta de fazer triunfar a causa da República e a paz em qualquer circunstância que enfrentemos, com ou sem ameaças", concluiu.

