
Em meio ao tarifaço, exportações brasileiras para a China crescem 29,9% no último mês

Nesta quinta-feira (4), o governo brasileiro divulgou os resultados da balança comercial referentes a agosto de 2025. Entre janeiro e agosto, as exportações somaram US$ 227,6 bilhões, crescimento de 0,5% em relação ao mesmo período de 2024, enquanto as importações atingiram US$ 184,8 bilhões. A corrente de comércio chegou a US$ 412,4 bilhões, marcando recorde histórico.
O desempenho positivo foi impulsionado pela China, que comprou US$ 9,60 bilhões em produtos brasileiros apenas em agosto, aumento de 29,9% em comparação ao mesmo mês de 2024. O superávit comercial com o parceiro asiático chegou a US$ 4,06 bilhões, com corrente de comércio de US$ 15,13 bilhões, alta de 14,1%.
Agropecuária lidera crescimento
Entre os setores, a agropecuária e a indústria extrativa lideraram o crescimento das exportações em agosto, com 8,3% e 11,3%, respectivamente. A indústria de transformação apresentou leve queda de 0,9%. No acumulado do ano, agropecuária cresceu 0,4%, indústria de transformação 4% e extrativa caiu 7,2%.

No lado das importações, a indústria extrativa teve alta de 26,5% em agosto, enquanto a agropecuária avançou 0,4% e a indústria de transformação recuou 3,8%. No acumulado de janeiro a agosto, o setor agropecuário cresceu 9,2%, a indústria de transformação 8,9% e a extrativa registrou queda de 21,6%, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Exportações para os EUA caem
Em contraste, as exportações brasileiras para os Estados Unidos caíram 18,5% em agosto, totalizando US$ 2,76 bilhões, impacto das tarifas impostas pelo governo americano. Apesar disso, o saldo comercial do mês manteve-se positivo em US$ 6,1 bilhões, com corrente de comércio de US$ 53,6 bilhões, crescimento de 1,2% frente a agosto de 2024.
