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'Falsos patriotas': Lula pede mobilização contra anistia e condena apelos a Trump

O presidente brasileiro afirmou que a "extrema-direita tem muita força ainda" e que é necessário "politizar as comunidades".
'Falsos patriotas': Lula pede mobilização contra anistia e condena apelos a TrumpRicardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu nesta quinta-feira (4) que apoiadores se mobilizem contra a proposta de anistia a condenados pelos atos do 8 de janeiro. O apelo de Lula, divulgado em suas redes sociais, foi feito durante visita à comunidade Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte (MG).

"Se for votar no Congresso, nós corremos o risco da anistia. O Congresso tem ajudado o governo, mas a extrema-direita tem muita força ainda. É uma batalha que tem que ser feita também pelo povo", afirmou.

O projeto em discussão poderia beneficiar tanto os envolvidos nos atos quanto o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo a Agência Brasil, caso ele seja condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe. O julgamento já está em andamento na Primeira Turma.

Para evitar o "risco da anistia", o presidente brasileiro também defendeu maior engajamento político das comunidades e falou em "politizar nossas comunidades".

"As pessoas precisam ser politizadas. As pessoas precisam ser orientadas sobre o que é certo e o que é errado. Nós precisamos combater a fake news. Não tem porquê a gente deixar que a mentira seja mais importante do que a verdade", afirmou Lula.

"Falsos patriotas"

Ao longo da fala, o presidente criticou apoiadores de Bolsonaro que têm pedido intervenção estrangeira, em especial aos Estados Unidos.

"Estamos vendo falsos patriotas nos EUA pedindo intervenção do presidente Trump no Brasil. Os que se embrulhavam na bandeira nacional agora estão na bandeira americana", disparou Lula.

A primeira-dama, Janja da Silva, também discursou no encontro e seguiu a mesma linha das falas do presidente. Ela pediu ajuda na comunicação do governo, destacando a necessidade de mobilização direta.

"Se a gente ficar só dependendo da Secom fazer 'videozinho' para colocar no Instagram, não vai funcionar. Precisamos voltar à comunicação boca a boca nas periferias", afirmou.