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Celso Amorim afirma que Brasil está disposto a ampliar cooperação militar e 'parceria comercial' com a China

Assessor especial do presidente Lula ressaltou que fortalecimento da parceria envolve investimentos, transferência tecnológica e apoio financeiro mútuo.
Celso Amorim afirma que Brasil está disposto a ampliar cooperação militar e 'parceria comercial' com a China© Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

O assessor especial da Presidência, Celso Amorim, afirmou nesta quinta-feira (4) que o Brasil está aberto à cooperação militar com a China, ressaltando a importância de estreitar os laços com Pequim diante do enfraquecimento do sistema multilateral promovido pelos Estados Unidos, publicou O Globo.

"Nós já temos uma cooperação na área espacial, civil, naturalmente. Mas, quer dizer, isso indica a possibilidade também de cooperação em outras áreas. Evidentemente, quando o Exército resolve mandar, e não foi uma decisão do ministério da Defesa, um oficial-general como adido para cá, é porque tem uma disposição de intensificar a cooperação" afirmou Amorim.

A declaração de Amorim ocorre pouco depois da decisão inédita de enviar oficiais-generais para atuar como adidos militares na embaixada brasileira em Pequim, um passo considerado simbólico para ampliar a parceria bilateral.

Amorim também destacou que o estreitamento da relação não se limita somente ao comércio: envolve investimentos, transferência de produção e apoio financeiro mútuo para enfrentar instabilidades econômicas. Para ele, a parceria com a China se torna ainda mais relevante diante da condição do país asiático como "principal parceiro comercial" do Brasil.

Durante a visita a Pequim, Amorim participou na quarta-feira (3) do grande desfile militar que marcou os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, reuniu-se com o chanceler chinês Wang Yi e entregou uma carta do presidente Lula a Xi Jinping, reforçando o compromisso de aprofundar a cooperação estratégica entre os dois países.