Trabalhadores públicos da Argentina anunciam nova greve nacional

A 'Asociación Trabajadores del Estado (ATE)' da Argentina anunciou na quarta-feira uma nova convocação para uma greve nacional, programada para 30 de abril, em rejeição ao programa de ajuste econômico promovido pelo Governo liderado por Javier Milei.

"O programa econômico que está promovendo está nos destruindo. Não só está deixando milhares de trabalhadores na rua e destruindo os salários dos funcionários públicos e dos aposentados, mas também está deteriorando seriamente as condições de vida de toda a população. O plano de ação no setor público não pode ser interrompido. A violação dos direitos está se tornando cada vez mais grave", argumentou o secretário-geral da ATE, Rodolfo Aguiar, na rede social X.

Violenta repressão policial aos protestos contra os ajustes de Milei (VÍDEOS)

Em sua opinião, "os governadores e prefeitos precisam acordar", porque o Executivo está prejudicando todas as províncias e municípios. "No momento, na Argentina, estamos enfrentando uma coparticipação das perdas e uma nacionalização dos lucros. As vendas estão caindo, assim como todos os impostos coparticipativos, enquanto um encargo nacional, como o Impuesto País, é o único que apresentou um crescimento de mais de 300% anual", detalhou. 

Além disso, Aguiar instou as autoridades da província de Rio Negro a declarar 'persona non grata' o presidente Javier Milei "assim que colocar os pés" no local e a intensificar os protestos no dia 19 de abril "em toda a província".

Em sua opinião, o mandatário irá para a região para se reunir "com os empresários mais ricos do país para planejar como" eles continuarão "empobrecerendo [a população] e se apoderando dos esforços de todas as argentinas y argentinos".