Uma resolução recomendando que a Autoridade Palestina (AP) se torne membro pleno da ONU não levaria a uma solução de dois Estados para o conflito com Israel, disse na quarta-feira a representante permanente dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, citada pela Reuters.
"Não acreditamos que uma resolução no Conselho de Segurança nos levará necessariamente a uma situação em que possamos encontrar (...) uma solução de dois Estados", afirmou a representante.
O comitê do Conselho de Segurança da ONU declarou esta semana que era "incapaz de fazer uma recomendação unânime" sobre se o pedido de adesão plena da AP atendia aos critérios.
No início deste mês, a Palestina solicitou sua adesão plena à ONU. Ela tem status de observadora desde 2012, mas a adesão plena seria equivalente ao reconhecimento do estado palestino, ao qual Israel se opõe.
Os pedidos de adesão à ONU devem ser aprovados pelo secretário-geral antes de serem submetidos à votação do Conselho de Segurança da ONU, composto por 15 membros.
A AP solicitou a adesão em 2011, mas o pedido nunca foi apresentado ao Conselho de Segurança. Na época, os EUA, um dos cinco membros permanentes do Conselho, disseram que exerceriam seu veto em caso de votação.