Em coletiva de imprensa ao fim de sua visita à China nesta quarta-feira (3), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em resposta à pergunta de um repórter, garantiu que nunca recusou uma reunião com Vladimir Zelensky e convidou o líder do regime ucraniano a visitar Moscou para uma reunião.
"Nunca recusei essa reunião se ela for bem preparada e puder trazer resultados positivos", afirmou Putin, acrescentando que Donald Trump lhe pediu para se encontrar com Zelensky.
"Se Zelensky estiver pronto, que venha a Moscou, essa reunião acontecerá", acrescentou.
Moscou não renuncia ao diálogo com Kiev
Moscou sempre enfatizou que nunca renunciou ao diálogo com Kiev: "Nosso presidente [Vladimir Putin] afirmou repetidamente que está pronto para se reunir com [Vladimir] Zelensky desde que todas as questões que exigem consideração no mais alto nível sejam cuidadosamente trabalhadas e que especialistas e ministros preparem as recomendações apropriadas", afirmou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.
O chanceler russo também enfatizou que Moscou deve entender claramente como será resolvida a questão da legitimidade da pessoa que assinará um possível acordo em nome da Ucrânia quando chegar a hora de assinar os compromissos. Nesse contexto, Lavrov lembrou do decreto de Zelensky, no qual ele proibiu legalmente a possibilidade de quaisquer negociações com a Rússia.