Os líderes da Rússia, China e Mongólia assinaram na terça-feira (2) um memorando para a construção dos gasodutos Força da Sibéria 2 e União-Oriente, que levarão gás russo ao gigante asiático por meio da Mongólia.
A assinatura foi anunciada pelo diretor-geral da empresa energética russa Gazprom, Alexey Miller.
Miller afirmou que agora as partes precisam definir o financiamento da obra e as condições comerciais para o fornecimento do gás.
O acordo prevê a entrega de gás por um período de 30 anos.
O que é Força da Sibéria 2?
O projeto conecta a Sibéria Ocidental à China e terá capacidade de 50 bilhões de metros cúbicos por ano. Transportará recursos energéticos russos desde os campos da península de Yamal e da região de Nadym-Pur-Taz, no Ártico.
Anunciado em 2020, o ramal principal terá cerca de 6.700 km, dos quais 2.700 km em território russo. O gasoduto União-Oriente, que passa pela Mongólia, cujo acordo foi firmado em em 2023, terá cerca de 1.000 km de extensão.
Poderá eclipsar o Nord Stream 2
O vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, afirmou em dezembro de 2023 que a Gazprom fechou acordos com a Companhia Nacional de Petróleo da China e discutia as condições econômicas finais do projeto.
Segundo ele, a Força da Sibéria 2 poderá substituir, em importância, o gasoduto Nord Stream 2 que ligava a Rússia à Alemanha e foi sabotado em setembro de 2022.
O projeto é estratégico para Moscou e Pequim, pois facilitará o trânsito do gás,
Há outros gasodutos ligando a Rússia à China?
Atualmente, está em funcionamento o gasoduto Força da Sibéria 1, que transporta gás dos campos de Kovyktinskoye, na província de Irkutsk, e Chayandinskoye, em Yakutia, até consumidores russos do Extremo Oriente e da China.
A tubulação tem mais de 3.000 km de extensão e capacidade de exportação de 38 bilhões de metros cúbicos por ano.