Construção de gasoduto entre Rússia e China marca mudança significativa no mercado global de gás - mídia ocidental

Segundo o Financial Times, o projeto pode oferecer a Pequim uma alternativa à importação de GNL dos EUA, Catar e Austrália.

O acordo para a construção do gasoduto "Força da Sibéria-2" sinaliza uma mudança significativa no mercado global de gás, escreveu o jornal britânico Financial Times.

Na terça-feira (3), o diretor executivo da estatal russa Gazprom, Alexey Miller, anunciou que a sua empresa e a Companhia Nacional de Petróleo e Gás da China assinaram um memorando para a construção do gasoduto "Força da Sibéria-2" e de um gasoduto de trânsito pela Mongólia, chamado "União Leste".

"Trata-se de um enorme projeto de gás que pode alterar os fluxos energéticos globais (...) Mesmo com a falta de clareza sobre os custos, o acordo sinaliza uma importante mudança no mercado global de gás", diz a publicação.

Segundo o veículo, o projeto pode oferecer a Pequim uma alternativa à importação de GNL dos EUA, Catar e Austrália.

Segundo a pesquisadora da Universidade de Columbia, Anna-Sofia Corbo, o projeto também pode impactar as empresas que estão atualmente explorando a possibilidade de investir na construção de terminais de GNL, especialmente nos EUA.