Nesta segunda-feira (1º), durante a reunião da Organização de Cooperação de Xangai (OCX), o presidente chinês, Xi Jinping, destacou os avanços alcançados pelo país e pelos demais membros nos últimos anos.
Segundo Xi, "o fluxo comercial acumulado entre a China e os países da OCX ultrapassou US$ 2,3 trilhões, atingindo antes do prazo a meta que havia apresentado".
O mandatário chinês destacou ainda que a China busca alinhar seu próprio crescimento ao desenvolvimento da OCX, atendendo também às aspirações dos povos dos Estados-membros por melhores condições de vida. O investimento chinês na região já supera US$ 84 bilhões, enquanto o comércio bilateral anual ultrapassa US$ 500 bilhões.
Novo Banco de Desenvolvimento
Durante o evento, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, propôs que os países do bloco emitam títulos conjuntos, destacando que a iniciativa deve aumentar a eficácia das trocas econômicas e oferecer maior proteção contra as oscilações do cenário externo.
Putin afirmou que apoia a "criação de uma infraestrutura própria de pagamento, liquidação e depósito, além da formação de um banco de projetos de investimento conjunto". Ele ainda acrescentou que a economia do bloco cresceu, em média, 5% em 2024.
Rússia e China
Desde o início do conflito armado entre Rússia e Ucrânia, Pequim tem intensificado suas negociações com Moscou. A demanda por petróleo russo, por exemplo, tem registrado crescimento significativo.
Maior importadora mundial, a China compra petróleo principalmente da Sibéria Oriental (ESPO), via porto de Kozmino.
Importações chinesas de petróleo da Rússia cresceram 1% em 2024, atingindo 108,5 milhões de toneladas métricas (aproximadamente 2,17 milhões de barris por dia).
O gás russo é outro serviço que Pequim tem transacionado com Moscou.
A Gazprom, maior empresa de energia da Rússia, fornece gás à China pelo gasoduto Power of Siberia, sob acordo de 30 anos e US$ 400 bilhões iniciado em 2019.
A China também comprará até 10 bilhões de metros cúbicos de gás anualmente via gasoduto pelo Extremo Oriente da Rússia a partir de 2026-2027.
As exportações de gás natural liquefeito (GNL) russo para a China cresceram 3,3% em 2024.
A Rússia foi, depois da Austrália e do Catar, o terceiro maior fornecedor de GNL para a China.
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