O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou nesta segunda-feira (1) que um "ataque violento" contra a Venezuela poderia causar instabilidade em toda a região da chamada "Gran Colômbia", com efeitos comparáveis aos que hoje atingem Síria e Iraque.
Segundo Petro, em caso de conflito, "assassinos em massa tomarão territórios, movidos pela ganância, e os Estados serão enfraquecidos como instrumentos de paz social".
Ele ressaltou que países como Panamá, Equador, Colômbia e Venezuela devem preservar a soberania nacional diante de ameaças de potências estrangeiras.
O presidente colombiano defendeu, ainda, que a coordenação das políticas antidrogas com outras nações ocorra "em termos de igualdade, não de submissão".
As declarações repercutiram em Caracas, onde o presidente venezuelano Nicolás Maduro comentou a mensagem do mandatário colombiano durante entrevista coletiva.
Maduro considerou "inteligente" o posicionamento de seu homólogo colombiano, classificando-o como "uma reflexão muito contundente", e afirmou que a Venezuela possui "a experiência e os resultados concretos" no combate ao narcotráfico.
Maduro também aproveitou para enviar um recado ao governo dos Estados Unidos, ao afirmar que Washington deve buscar uma cooperação com Caracas baseada no respeito mútuo e na igualdade.
O presidente venezuelano defendeu a construção de uma estratégia regional conjunta entre países da América do Sul e Central no enfrentamento ao narcotráfico, ressaltando que se trata de um "problema de humanidade" e que essa articulação não deve ocorrer sob "submissão a potências estrangeiras".