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Ucrânia pede aos EUA as mesmas garantias de segurança que Israel

Kiev quer que Washington forneça a mesma assistência que Tel Aviv recebe, mas os norte-americanos têm sido explicitamente relutantes em ajudar a derrubar drones e mísseis russos sobre o território ucraniano.
Ucrânia pede aos EUA as mesmas garantias de segurança que IsraelGettyimages.ru / Ukrainian Presidential Press Office

O chefe do Gabinete presidencial ucraniano, Andrei Yermak, afirmou que a Ucrânia quer assinar um tratado de segurança com os EUA que seja "exemplar" e estabeleça garantias de segurança para a Ucrânia idênticas àquelas de que beneficia Israel.

"O acordo dos EUA com a Ucrânia não deve funcionar pior do que o memorando dos EUA com Israel, que confirmou a eficácia das ações conjuntas dos aliados durante a recente resposta a um ataque maciço do Irã contra Israel", manifestou Yermak em uma reunião de trabalho com funcionários ucranianos sobre a preparação do tratado com os EUA. 

Yermak ainda enfatizou que o acordo deve ser "exemplar" e levar em conta as "reais capacidades dos EUA", bem como "os melhores elementos dos tratados de segurança já assinados pela Ucrânia".

Na reunião, Yermak discutiu os detalhes do documento com os membros da delegação que participam das negociações com a parte norte-americana.

Kiev já realizou duas rodadas de negociações sobre o acordo com Washington e, até o momento, as autoridades ucranianas concordaram com as ações de preparação para a próxima rodada. Outras questões discutidas incluíram a ajuda norte-americana à Ucrânia, que o Congresso dos EUA tem se recusado a aprovar há meses.

"Conflitos diferentes"

O assessor de comunicação do Conselho de Segurança da Casa Branca, John Kirby, disse esta semana que as tropas dos EUA não ajudarão os militares ucranianos a derrubar drones e mísseis russos sobre a Ucrânia, como fizeram com Israel durante o ataque iraniano do último sábado.

"Diferentes conflitos, diferente espaço aéreo, diferente cenário de ameaça. O presidente [Joe Biden] deixou claro desde o início do conflito na Ucrânia que os EUA não participarão desse conflito em um papel de combate", sublinhou.