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'Tiro no pé'? Von der Leyen atribui força da economia russa às sanções impostas pelos europeus

A economia russa ''vai continuar a produzir muito, e em grande escala", reconheceu a presidente da Comissão Europeia.
'Tiro no pé'? Von der Leyen atribui força da economia russa às sanções impostas pelos europeusGettyimages.ru / Thierry Monasse

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reconheceu no sábado (30) que Vladimir Putin conseguiu fortalecer a economia da Rússia e atribuiu o surpreendente crescimento econômico do país às sanções impostas pela União Europeia.

"Ele [Putin] criou uma economia de guerra em larga escala, também por causa das duras sanções que impusemos. Então é uma economia antiquada, mas de larga escala, economia de guerra, e ele vai continuar a produzir muito, e em grande escala", afirmou a política em coletiva de imprensa.

Na declaração, feita ao lado do premiê da Bulgária, Rosen Zhelyazkov, a líder europeia também chamou o presidente russo de "predador", repetindo a mesma retórica de Emmanuel Macron, presidente da França.

"Putin não mudou e não vai mudar. Ele é um predador. Só é possível contê-lo por meio de uma dissuasão forte", afirmou.

"Insultos de baixa categoria''

Na semana passada, Macron classificou Putin como "ogro" e "predador", acusando o líder russo de ser uma "força desestabilizadora" na Europa. A fala aconteceu durante entrevista ao canal francês TF1 Info, enquanto o presidente comentava o conflito ucraniano Ucrânia.

A fala foi duramente criticada por Moscou. Conforme citado pela agência Reuters, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, afirmou que os ''insultos de baixa categoria'' do presidente francês são ''indignas de um chefe de ''Estado'', cruzando ''a linha da decência''.

  • O presidente Vladimir Putin chegou a definir como "bobagem" os rumores de um suposto ataque russo à Europa, acusando a Aliança de usar um "inimigo imaginário" para amedrontar sua própria população.

  • Por sua vez, o chanceler russo, Sergey Lavrov, acusou o Ocidente de usar a "demonização" da Rússia como cortina de fumaça para encobrir a incapacidade de seus políticos em resolver os problemas internos de seus próprios países.