'Lutaremos se vocês ousarem colocar um pé na Venezuela', adverte ministro da Defesa

Vladimir Padrino López assegurou que o país está se preparando para responder a qualquer agressão que possa ser realizada pelos EUA contra sua ''sagrada soberania".

O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, apresentou neste domingo (31) um balanço das operações conjuntas entre as Forças Populares Armadas e a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), destacando que Caracas está se preparando para responder a qualquer agressão que possa vir de Washington.

Em seu discurso, o ministro ressaltou o êxito do alistamento voluntário na Milícia Bolivariana, afirmando que isso reflete a "consciência política" do povo venezuelano, definida por ele como um nacionalismo de "amor profundo e paixão pela pátria".

Segundo Padrino López, 10.380 efetivos já foram mobilizados em todo o território nacional.

"Estamos nos preparando para responder diante de qualquer circunstância, qualquer agressão de qualquer intensidade ou natureza contra nossa soberania, nossa sagrada soberania", enfatizou. E completou: "Vamos lutar se vocês ousarem colocar um pé na Venezuela".

Fachada norte-americana

Na mesma linha, o ministro afirmou que o mundo inteiro — com exceção de alguns países que, segundo ele, se somam à "triste fachada" inventada pelo governo dos Estados Unidos — está atento ao que ocorre na Venezuela, condenando as ações de Washington. "Exceto alguns deles, o mundo inteiro se manifestou contra. Estamos fazendo o que nos corresponde fazer", declarou.

Ele também acusou os EUA de "ameaçarem" a soberania dos povos do Sul e de ter provocado, em poucos meses, uma escalada violenta na região. Padrino López classificou a política norte-americana como "um cerco" exercido por meio do "poder brando e de instrumentos de sanções", que buscariam "um rompimento interno" da República Bolivariana.

Nesse contexto, destacou que Caracas reforça a luta contra o narcotráfico e o terrorismo na fronteira com a Colômbia, por meio do envio de tropas e milicianos combatentes. Segundo ele, aos mais de 15 mil agentes de segurança já presentes na zona binacional de paz, soma-se agora "uma quantidade significativa" de militares da FANB.