Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou neste sábado (30), o reforço no monitoramento da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar em um condomínio de Brasília.
Apontando para ''possibilidade de fuga'', Moraes acatou a solicitação da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (SEAPE) e autorizou a Polícia Penal do Distrito Federal a realizar "vistorias nos habitáculos e porta-malas de todos os veículos que saírem da residência do réu".
O ministro também autorizou os policiais a realizarem "monitoramento presencial na área externa da residência".
Na terça-feira (2), Bolsonaro e outros sete réus do suposto núcleo central da trama golpista serão julgados pela Primeira Turma do STF.
Risco de fuga
Na quarta-feira (27) a SEAPE comunicou o STF que o imóvel que Bolsonaro reside "possui imóveis contíguos nas duas laterais e nos fundos, o que causa a existência de pontos cegos".
A SEAPE também observou que o funcionamento do sinal da tornozeleira eletrônica pode ser prejudicado por meio de bloqueadores de sinais e "entrada ou permanência do monitorado em subsolos, estruturas construtivas de conglomerados de prédios".
Esses detalhes sustentaram os argumentos de Moraes para impor medidas complementares, visando impedir qualquer possibilidade de fuga.