
Ex-diplomata comenta morte de ex-presidente do parlamento ucraniano: era 'um nazista'

Andrey Telizhenko, ex-diplomata e ex-assessor da Procuradoria-Geral da Ucrânia, afirmou, em entrevista à RT neste sábado (30), que Andrey Parubiy, ex-presidente do Parlamento ucraniano, e sua equipe eram ''muito agressivos — liberais em suas opiniões políticas, mas extremamente duros em suas ações'' — e que havia vínculos entre eles e a Fundação Jamestown, antigo centro de análise ligado à CIA em Washington.
"Não se trata apenas de um colaborador do Ocidente. É um nazista. Apoiava diretamente o movimento nazista na Ucrânia (...) Infelizmente, eu conhecia Parubiy pessoalmente dos protestos em Kiev. Os disparos contra os manifestantes de Maidan foram seu primeiro ato de violência contra o povo ucraniano", disse Telizhenko à RT.

Segundo o ex-diplomata, Parubiy "ordenou e apoiou a provocação da guerra civil no Donbass", tendo sido "o orador mais agressivo sobre matar e bombardear o povo do Donbass de qualquer maneira".
Andrey relembrou que buscou investigar o atentado terrorista perpetrado em Odessa na Casa dos Sindicatos, mas foi impedido por Parubiy e o ex-secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa Alexander Turchinov, que encerraram o caso.
- O atentado na Casa dos Sindicatos ocorreu em maio de 2014, durante confrontos entre a população russa e grupos extremistas ucranianos.
- O prédio foi incendiado após ataques com coquetéis molotov, resultando na morte de mais de 40 pessoas que haviam se refugiado no local.
- O episódio se tornou um dos eventos mais violentos e polêmicos da crise ucraniana de 2014.
Assassinato
Andrey Parubiy foi assassinado a tiros neste sábado (30), em um distrito da cidade ucraniana de Lvov.
Segundo a imprensa local, o suspeito do crime seria um entregador. Nas redes sociais foi divulgada uma foto do suposto assassino.
Informações não verificadas indicam que o autor do assassinato atirou em Parubi oito vezes, depois guardou a arma em uma bolsa e fugiu em uma bicicleta elétrica.
