O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou nesta sexta-feira (29) que um encontro entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, pode ocorrer, mas somente se houver uma preparação adequada.
Segundo Peskov, a posição de Putin sempre foi clara: o presidente russo não descarta a possibilidade de uma reunião, mas considera que o encontro deve ser precedido por negociações diplomáticas substanciais, funcionando como etapa final do processo.
"Continuamos prontos para as negociações e todas as nossas posições já foram apresentadas", afirmou Peskov, citado pela imprensa local.
A possibilidade de uma reunião ganhou força após declarações do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que mencionou ter iniciado tratativas para aproximar Putin e Zelensky depois de seu encontro com o líder russo no Alasca, em 15 de agosto.
O chanceler da Rússia, Sergey Lavrov, também já havia indicado que Putin está disposto a dialogar com o líder do regime ucraniano, desde que os temas da pauta fossem previamente detalhados.
Zelensky, por sua vez, se recusa a aceitar a paz nos termos da Rússia, classificando as demandas de Moscou como 'vergonhosas'.
Na quinta-feira (28), o chanceler alemão Friedrich Merz afirmou ser 'óbvio' que um encontro entre Putin e Zelensky não ocorrerá.:
"Obviamente não haverá um encontro entre o presidente Zelensky e o presidente Putin, (...) ao contrário do que foi acordado com Trump", afirmou Merz a jornalistas antes de uma reunião com o presidente francês Emmanuel Macron em Besançon, na França.